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Hi, I'm João Paulo Francisconi (He/Him), or Nume (@numefinorio on Twitter) for internet friends. I have been writting on and off for TTRPG since 2008. Mostly in portuguese.

This is my game, Cosa Nostra! https://numefinorio.itch.io/cosa-nostra 

I also write on my personal blog RPGista (@blogrpgista on Twitter) in https://rpgista.com.br/author/nume/ 

And those are my books for Tormenta, a fantasy tabletop RPG from Brazil https://jamboeditora.com.br/produto-tag/joao-paulo-francisconi/… 

Those are two of my articles in english, "A history of the Brazilian RPG Scene" and "History of Brazilian RPG Magazines", that I think will be of interest. They're a little out of date (the originals are from 2014, and the first article got a update in 2019) and are by no means a very credible source (I even wrote that Dungeon Crawl Classics was a brazilian game because I didn't knew the original or the translation, just that it had been launched), just what I could remember. The RPG Magazines article needs some update as well, nowadays we have several digital magazines that have been made possible by Patreon-like initiaves, but since I don't have money to buy into those ¯\_(ツ)_/¯

Hi, I'm João Paulo Francisconi, but people online call me Nume. I'm a writer and game designer for ttrpgs. I have colaborated in two ttrpg books for famous brazilian rpg Tormenta, the Bestiário de Arton and Só Aventuras Vol. 3, which are a bestiary and a adventure book. I have also self-published through Catarse, a brazilian kickstarter-like crowdfunding website, my game Cosa Nostra, a narrative game about the Mafia.

Besides that, I have been doing smaller work on rpg magazines like brazilian Dragon Slayer and online blogging since 2008 in rpgista.com.br 

I have recently started learning HTML and programming trying to move foward in a gaming career. If you have any tips on that, I'm happy and grateful to hear you about it.

An update: for the next 24 hours, as part of the Free RPG Day event, you can get Cosa Nostra free of charge! Try and leave a review after you get your free copy to spread the love!

Uma atualização: pelas próximas 24 horas, como parte do evento Free RPG Day, você pode conseguir um Cosa Nostra de graça! Tente deixar um review depois de pegar sua cópia grátis para todos saberem o quanto você apreciou o jogo!

Link to bundle: https://itch.io/s/57310/free-rpg-day

As motocicletas não aparecem nas caixas laterais onde armas e veículos tradicionais do período da Lei Seca são mostrados no livro básico de Cosa Nostra por dois motivos. Primeiro, elas não são uma visão tradicional nos filmes sobre mafiosos, pois não funcionam bem com a estética de ternos risca-de-giz e chapéus fedora tradicional. Em segundo lugar, e talvez a razão história mais importante, é que motocicletas eram primariamente usadas por forças policiais da época, em especial os policiais rodoviários.

Esse uso pelas forças policiais é uma herança da Primeira Guerra Mundial, onde as motocicletas substituíram os cavalos como meio de transporte para unidades de mensageiros, batedores e policiais militares. Com isto, contratos foram feitos entre a Harley-Davidson, então a maior produtora mundial de motocicletas, e o Exército dos EUA, para quem a gigante estadunidense chegou a dedicar 50% da sua capacidade industrial no final da Primeira Guerra Mundial. Soma-se a isto experiências bem sucedidas de policias estaduais e municipais com o uso de motocicletas para guardas de trânsito desde 1908, e pelos anos 20 a Harley-Davidson já utilizava como parte da sua campanha publicitária termos como “A Motocicleta Policial”.

Mais rápidas e manobráveis que a maioria dos carros do período, as motocicletas eram as preferidas para dar perseguição a criminosos através das novíssimas autoestradas dos anos 20. Os modelos de então, como a Harley-Davidson JD 1928 e a Indian Chief, podiam atingir velocidades máximas de 160 e 150 km/h, algo inalcançável mesmo pelos carros mais poderosos do período.

A concorrente direta da Harley-Davidson nos EUA era as motocicletas Indian, elas atualmente tem uma história policial mais antiga que a das Harleys, sendo selecionadas pela polícia de Nova Iorque para equipar sua primeira unidade de motocicletas em 1907, um ano antes da Harley ser escolhida pela polícia de Detroit. A Indian continuaria como uma favorita das autoridades por muito tempo, e durante a Segunda Guerra Mundial dedicaria toda a sua produção às Forças Armadas dos EUA e Aliados, mas após a guerra iria ter problemas em retornar ao mercado civil, indo à falência em 1953 mas retornando em 1998, falindo novamente, e retornando mais uma vez em 2008 com a ressurreição da Indian Chief por investidores estadunidenses.

A seguir, uma descrição rápida das duas principais motocicletas e mais rápidas motocicletas do período.

Harley-Davidson JD 1928

Após a adoção do tanque de gasolina no formato de lágrima em 1925, os modelos JD de 1928 trariam duas inovações: a utilização de freios frontais em todos os modelos e a introdução de motores de dois tempos, que tornam essas motocicletas capazes de atingir espetaculares 160 km/h de velocidade máxima.

Indian Big Chief 1923

Primeiro modelo de 1.200 cilindradas da Indian, a Indian Big Chief estabeleceria o padrão de potência para as motocicletas da companhia, atingindo a velocidade máxima de 150 km/h. Ao longo dos anos muitas mudanças cosméticas seriam feitas neste modelo, mas a parte mecânica, considerada uma obra-prima, permaneceria a mesma até os anos 50, quando um novo motor de 1.300 cilindradas seria introduzido.

Em Cosa Nostra, o baralho da lei existe para forçar os jogadores a incluir na narrativa os mais famosos clichês e cenas clássicas dos filmes de máfia, mas é impossível incluir todos elas em apenas 52 cartas. Além disto, filmes de máfia continuam a sair todos os anos, e mais e mais cenas clássicas vão sendo adicionadas ao gênero conforme isto acontece. Desta maneira, é pouco provável que o baralho da lei se mantenha atualizado por muito tempo, e ainda menos provável é que ele continue interessante após algumas dezenas de partidas quando cada carta já tiver sido sacada algumas vezes por cada jogador do grupo.

A maneira mais fácil de ultrapassar este problema é sentar e esperar por novos suplementos e matérias como a que publicamos recentemente com novas tabelas para o baralho da lei. Ou você pode fazer um hack pessoal de Cosa Nostra e criar seu próprio baralho da lei totalmente personalizado as necessidades do seu grupo. Criar um baralho da lei parece uma atividade relativamente simples, você pensa em clichês e cenas clássicas que lhe agradam e adiciona estas cenas a uma tabela representando o baralho, isto pode ser feito de maneira aleatória ou você pode seguir a lógica usada no livro básico e em minhas próprias tabelas.

Esta lógica é relativamente simples: os números das cartas representam quão ruim é a situação e o naipe representa a ligação daquela carta com cada uma das Funções Narrativas de Cosa Nostra. Além disto, as cartas não numeradas representam personagens específicos dentro de uma família. Assim, espadas tem ligação com a função narrativa Músculos, ouros tem ligação com Negócios, copas com Legitimidade e paus tem ligação com todas as três funções narrativas. Já para as cartas não-numeradas, o valete é ligado ao herdeiro da Família, seja ele um filho ou o atual Sotto Capo. A Dama é ligada a uma mulher de importância para a Família, seja ela uma esposa, amante ou importante associada ou mesmo chefe da máfia (a Cosa Nostra histórica era uma organização tradicionalmente machista, mas ei, se você está fazendo hack, mudar as coisas é exatamente o ponto!). O Rei é ligado, obviamente, ao chefão da máfia, o Don. Já o Às é normalmente, mas não necessariamente, ligado ao alto escalão, sendo alguém importante para o futuro da Família, pode ser um capo especialmente talentoso, um consiglieri ou tesoureiro, ou talvez uma operação em particular (a rede de contrabando no porto, por exemplo, a partir da qual todas as demais operações da Família dependem).

O baralho da lei é um dos pontos mais fáceis de se alterar para obter resultados visíveis nas suas partidas de Cosa Nostra, mas ele não é o único. É possível ir um pouco mais fundo e alterar a Estrutura Narrativa. Neste casos, não existe muita lógica com que você possa contar, exceto que toda a Estrutura Narrativa de Cosa Nostra é baseada em O Poderoso Chefão e sua história de nascimento, ascensão e queda da Família Corleone. O trope da ascensão e queda é bastante real, como o mafioso Vincent Basciano já admitiu: “No fim do dia todos nós vamos morrer na cadeia”.

Mas se essa estrutura é baseada num trope real, ela não é a única trope disponível para histórias sobre a máfia. Mais de um mafioso já passou por toda a sua vida sem jamais ser condenado por um crime ou acabar assassinado por concorrentes, embora filmes sobre estes tipos sejam raros. Afinal de contas, onde está o drama em uma carreira perfeita? Por isto é necessário pensar bem no tipo de hack que você quer fazer e no tipo de drama que você quer instigar na sua partida antes de alterar a Estrutura Narrativa. Faça com que tudo seja uma brisa, e seus jogadores ficarão entendiados rápido, transforme tudo numa tormenta, e seus jogadores ficarão desmotivados e irritadiços ainda mais rápido.

Um bom exemplo de uma Estrutura Narrativa diferente costumam ser as histórias orientais envolvendo máfia. Elas raramente falam sobre a queda de uma organização, que são mostradas como estruturas sólidas. Em seu lugar, o foco costumam ser as relações de um ou mais membros específicos de uma Família com o mundo da máfia local, normalmente começando com uma burrada desses personagens e sua jornada para sobreviver retaliação e retornar a um status quo anterior.

A máfia que conhecemos hoje é um produto da Era Contemporânea, com as raízes da Cosa Nostra indo até o movimento de resistência aos franceses durante as guerras napoleônicas, mas ela não é a primeira organização criminal da história, e dificilmente será a última. Enquanto o tipo de crime organizado a que estamos acostumados desde o século XIX é de uma natureza essencialmente urbana, pela maior parte da história humana o crime organizado acontecia, normalmente, em regiões rurais. Nestes tempos, o crime na área das vilas e pequenas cidades era mantido num patamar mínimo, mas fora delas bandidos e piratas atacavam rotas comerciais e estradas em busca de lucro. Além disso, contrabando e tráfico de drogas são tão antigos quanto o mundo. 

Nas grandes cidades da antiguidade, o crime organizado assumia uma roupagem mais parecida com a que estamos acostumados, um exemplo são os tempos da república romana, quando criminosos se reuniam em Collegia (singular Collegium, significando “unidos pela lei”, ironicamente), normalmente organizados como espelhos de corpos de governo romano, com o Senado sendo o modelo preferido. Estes collegia fazem uma aparição na série de TV Roma, da HBO, quando o protagonista Lucius Vorenus temporariamente se torna o líder de uma organização assim a mando de Augusto César na segunda temporada. Estes criminosos urbanos antigos lidavam com contrabando, extorsão e tráfico de drogas, mas na época romana uma das suas principais atividades era o assassinato político em troca de dinheiro, imunidade e outras vantagens políticas e econômicas. 

Dito isto, vamos ao que interessa: como usar Cosa Nostra para jogar com uma organização criminosa de fantasia medieval? A opção mais lógica é a utilização das famosas guildas de ladrões, que são largamente baseadas nos collegia romanos. A menos lógica é usando hordas de bárbaros invasores. Calma, não estou louco, já explico. Apesar de não serem usualmente associados com organizações criminosas, conquistadores bárbaros como vândalos, góticos, nórdicos, turcos e mongóis compartilham muitos traços de organizações criminosas bem sucedidas. Eles são na maior parte não-ideológicos, predominantemente étnicos, usam de violência e intimidação e aderem a um código de lei próprio. Além disso, os mais bem sucedidos entre eles alcançaram exatamente o que toda Família eventualmente deseja: tornarem-se legítimos perante a lei e a sociedade onde estão inseridos. 

Para ambos os casos, não são necessária grandes alterações ao sistema de Cosa Nostra para jogar em mundo de fantasia medieval, o trabalho principal fica sendo mudar as descrições dos acontecimento do baralho da lei para melhor se adequarem a cada realidade. Confiram as tabelas a seguir. 

Modelo 1 ─ Collegium

  Modelo 2 ─ Invasão Bárbara

I kind like the theme and have done it before with a ttrpg of mine (a Phohibition Era game), but I'm not certain from the jam presentation text if the game for the the jam is only for video games or are tabletop games welcomed too?

Ah, então é isso, eu não tinha conectado ainda o paypal porque estava tentando recuperar a senha de uma conta muuuuito antiga minha (de 2005-6?) e achava que pro itch.io não tinha problema desde que tivesse pelo menos o Stripe. Mas agora já tenho uma conta paypal conectada, deve estar funcionando. :D

Sério? Eu não sei como te ajudar já essa parte é competência do itch.io... Você consegue usar ele em outros produtos do site?

Ei, meu jogo de rpg de mesa, Cosa Nostra, acabou de ser lançado aqui no itch.io em https://numefinorio.itch.io/cosa-nostra

Cosa Nostra é um jogo narrativo onde jogadores colaboram para criar uma organização criminal e suas cenas memoráveis durante sua ascensão e queda no mundo do crime. Baseado em filmes clássicos como O Poderoso Chefão, Os Bons Companheiros e outros. O jogo vem com um sistema de regras completo, uma história em quadrinhos introdutória e descrições detalhadas da vida durante a Lei Seca e a história da máfia nas cidades de Nova Iorque, Chicago e Los Angeles.

Hey, my brazilian portuguese ttrpg game, Cosa Nostra, is just released on itch.io in https://numefinorio.itch.io/cosa-nostra

Cosa Nostra is a narrative game where players colaborate to create a criminal organization and it's memorable scenes along their rise and fall in the underworld. Based off classic movies like The Godfather, The Goodfellas and others. It comes with a complete ruleset, an introductory comics story and detailed descriptions of life in the Prohibition Era and Mafia history in the cities of New York, Chicago and Los Angeles.