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1. Alinha expectativas
- marca no calendário 
- mecânicas do evento
- pontos de contacto 

2. Investiga a tua criatividade 
- identifica pontos fortes
- investe no teu potencial
- lê e joga RPGs 

3.Tem um caderno de encargos 
- idioma e material de jogo 
- negoceia contigo próprio
- pensa no teu leitor 

4. Começa cedo 
- Escreve um índice 
- Ficha de personagem 
- Sessão de playstorming 

5. Sê parte da comunidade 
- partilha as tuas decisões
- oferece as tuas ideias 
- promove o evento 

6. Escreve sem editorializar
- desiquilbra o teu texto 
- faz um esforço diário 
- aposta no playtesting 

7. Diverte-te e aprende 
- Não é um concurso 
- Abraça todo o processo
- Sê um fã dos outros RPGénios

(1 edit)

👉  Click here
This is a list maintained at the Wynwerod RPG forum. Licenses include CC0 / Public Domain, CC-B, CC-BY-SA, CC-BY-NC, CC-BY-NC-SA, OGL 1.0a and others. 

Hello, and welcome to our event. You can introduce yourself in this topic, tell us a little about yourselves, where you're from, where you're going and how long until then :). You can share  here what you're thinking of doing in this edition of #RPGénesis (if all goes well) (and it will).

Olá a todas as novas caras deste nosso evento comunitário! Podem apresentar-se aqui falando um pouco sobre vocês, de onde vêm, para onde vão e quanto tempo é que falta :) Podem também partilhar o que esperam fazer nesta edição do #RPGenesis se tudo correr bem (e vai correr concerteza).

(1 edit)

Posso já começar a pensar num jogo mas não a escrever-lo é isso?

Exatamente. Contamos contigo!


Posso testar o meu RPG antes dos sete dias de escrita?

Podes fazer o que quiseres desde que o texto que depois escrevas seja inédito.


Várias pessoas podem colaborar para submeter o mesmo RPG?

Sim, com as seguintes condições:

  • Uma única pessoa continua responsável por tratar da submissão e garantir que esta segue todas as regras.
  • Todos têm uma palavra a dizer no projeto e têm autoria explícita no jogo pelo trabalho que fizeram.
  • Organizam-se entre vocês, o evento não inclui juntar pessoas aleatoriamente.


É preciso uma definição muito específica do setting, ou pode ser apenas umas notas, ou pode não ter um de todo?

A condição é o RPG ser minimamente jogável unicamente a partir do texto. Se isso for possível de se fazer sem um setting propriamente dito, força.


São cinco mil palavras de regras + setting ou também contam com capa, agradecimentos, créditos, etc.?

Tudo conta desde que o texto evidencie um esforço da parte do autor para escrever aquilo que ele considera ser um RPG que possa ser jogado por outras pessoas.


É necessário criar uma ficha de personagem ou incluir ilustrações?

Não, apenas é recomendável que o leitor tenha um mínimo que precise para jogar. Naturalmente que queres que as pessoas experimentem o teu jogo, não é? Não te esqueças que podes colaborar com outras pessoas para a tua submissão.


Então e podemos pensar antes num setting para um sistema de regras já existente?

Sim, desde que esse sistema esteja disponível em licença aberta e as suas regras sejam explicadas por tuas próprias palavras, ou seja, não podes escrever só o setting e mandar o leitor ver as regras noutro lado, bem como não podes só fazer um copy-paste do sistema para dentro do teu texto.


Eu gostava de escrever um RPG, mas não sei como é que isso se faz :(

Tudo começa na experiência que tens como mestre-jogo, jogador ou leitor de RPGs. Cria o jogo que tu gostavas de ler e de jogar. É semelhante a como aprendemos a escrever melhor lendo uma variedade de livros. Recomendamos que jogues RPGs, boardgames, card games, video games...


Posso escrever em Inglês?

Sim, podes escrever em qualquer língua.


Como é que alguém controla que o participante realmente escreve o jogo só naquela semana?

Este evento é um desafio do participante contra ele ou ela própria. Se tens que mentir para vencer, então já perdeste, mesmo que mais ninguém saiba, pois o prazer deste evento está em escrever com outras pessoas que também enfrentam o mesmo desafio.


Porque é que as datas no game jam não são exatamente sete dias?

Para participantes de todo o mundo escolherem os dias que lhes são mais convenientes dependendo do seu fuso horário.


Porquê 5000+ palavras em sete dias?

Fomos bastante inspirados pelo #NaNoWriMo, um evento em que os participantes criam uma novela escrevendo 50000+ palavras em trinta dias. 1666+ palavras por dia é um desafio que pessoas com todo o tipo de talentos conseguem enfrentar e ultrapassar. Algumas preparam-se intensamente para conseguirem manter um ritmo diário e um mínimo de qualidade. Outras conseguem improvisar imenso texto facilmente arrebentando com o limite e só mais tarde se preocupam com o que escreveram. Parece-nos que 714+ palavras por dia (menos de metade de um #NaNoWriMo) é um bom equivalente e o feedback que ao longo dos anos temos tido é que o evento é desafiante sem ser impossível, especialmente com um mínimo de preparação ou contando com a ajuda de alguém.

(1 edit)

I can start thinking about a game now but not write it yet?

Exactly. We're counting on you!


Can I test my RPG before the seven days of writing?

You can do whatever you want as long as the text you write has never been published.


Can several people collaborate to submit the same RPG?

Yes, with the following conditions:

  • A single person is still responsible for handling the submission and ensuring that it follows all the rules.
  • Everyone has a say in the project and has explicit authorship in the game for the work they have done.
  • You organize yourselves, the event does not include randomly pairing up people.


Do you need a very specific definition of the setting, can it just be a few notes, or can it not have one at all?

Your RPG needs to be minimally playable solely from your text. If this is possible to do without a proper setting, go for it.


Is it 5000+ of rules + setting or does it also include cover, acknowledgments, credits, etc.?

Everything counts as long as the text shows an effort on the part of the author to write what he considers to be an RPG that can be played by other people.


Do I need to create a character sheet or include illustrations?

No, it is only recommended that your readers have the bare minimum in order to play. Of course you want people to try your game, right? Don't forget that you can collaborate with other people for your submission.


So can we think of a setting for an existing rules system?

Yes, as long as that system is available under an open license and its rules are explained in your own words, i.e. you can't just write the setting and tell the reader to look up the rules elsewhere, nor can you just copy-paste the system into your text.


I would like to write an RPG, but I don't know how to do it :(

It all starts with your experience as a game master, player or reader of RPGs. Create the game you would like to read and play. It's similar to how we learn to write better by reading a variety of books. We recommend that you play RPGs, board games, card games, video games...


Can I write in English?

Yes, you can write in any language.


How does someone control that the participant really writes the game only in that week?

This event is a challenge for the participant against himself or herself. If you have to lie to win, then you have already lost, even if no one else knows, because the pleasure of this event is in writing with other people who are also facing the same challenge.


Why are the dates in the game jam not exactly seven days?

For participants from all over the world to be able to choose the days that are most convenient for them depending on their time zone.


Why 5000+ words in seven days?

We were very inspired by #NaNoWriMo, an event in which participants create a novel by writing 50000+ words in thirty days. 1666+ words per day is a challenge that people with all kinds of talents can face and overcome. Some prepare themselves intensely to be able to maintain a daily rhythm and a minimum of quality. Others can improvise a lot of text easily blasting through the limit and only later worrying about what they wrote. It seems to us that 714+ words per day (less than half of a #NaNoWriMo) is a good equivalent and the feedback we have had over the years is that the event is challenging without being impossible, especially with a minimum of preparation or with the help of someone else.

(1 edit)

No ano de 2010, o #RPGenesis nasceu no https://abreojogo.com, um fórum de jogos de mesa em Portugal. Inspirados no #NaNoWriMo desde o início, desafiámo-nos uns aos outros a escrever um novo #ttrpg numa semana, colocando pelo menos 5K palavras no papel. Tentei fazer um logótipo minimamente convincente.


Em 2011, o #RPGenesis torna-se internacional juntando designers de Portugal e do Brasil. Aqui na imagem estão algumas submissões que ainda consegui manter no meu disco rígido desse ano. Já na altura tivemos uma incrível variedade de ideias de #ttrpg que foram transformadas em projetos jogáveis.



Para o #RPGenesis de 2012, tentámos ter duas semanas diferentes, uma para criar novos jogos e outra para trabalhar em jogos já existentes. Também começámos a traduzir o evento para inglês. Ambas as tentativas têm pouca adesão, a premissa original é o que mantém o evento a funcionar.



Em 2013, tentei trabalhar mais no design gráfico do #RPGenesis e comunicar melhor em inglês. Esta foi também a época auspiciosa do Google+ antes de desaparecer. Lembram-se disso?




O #RPGenesis de 2014 teve a primeira página web oficial do evento, a partir da qual apontava para o Facebook, Twitter e Google+, numa tentativa de descentralizar o evento o mais possível após um lamentável êxodo dos fóruns da web aberta para as redes sociais fechadas.



2015 marca a última vez que o #RPGenesis teve duas semanas separadas, dada a falta de interesse em trabalhar para melhorar jogos já existentes. Este ano também tivemos workshops para ajudar a orientar os participantes, mas o envolvimento com o evento estava a diminuir. Isso levou a um hiato de três anos.




Como evento comunitário que é, o #RPGenesis só precisa que alguém marque uma data. Mas toda a gente continua a associar o evento à minha capacidade de o organizar, perguntando-me quando é que vai ser. Graças ao servidor Discord RPG Portugal e às game jams do itch.io, 2019 foi o ano do nosso regresso.



Para o #RPGenesis 2020, fiz a minha versão favorita de um design que já tinha uma década. O site incluía partículas brilhantes animadas. "O universo sorri para ti..." Ficamos mais confortáveis com o formato do itch.io e com permitir hacks de jogos já existentes.



Em 2021, o #RPGenesis teve um impulso de energia dado por novos organizadores, mas o velho logótipo de 2010 começou a mostrar a sua idade. Comecei a pensar se seria possível substituí-lo, o que significava... tentar desenhar outra coisa (eu não sou um designer gráfico).


Em 2022, o #RPGenesis tornou-se ainda mais acessível com a possibilidade de trabalhar numa submissão como equipa. Por isso, também descartei o design antigo e fiz um logótipo mais simples com uma silhueta mais forte, uma que se pode traçar com o dedo.


(2 edits)

The year was 2010, #RPGenesis was born in https://abreojogo.com, a forum for tabletop games in Portugal. Inspired on #NaNoWriMo from the beginning, we challenged each other to write a new #ttrpg in a week by putting at least 5K words on paper. I try to make a convincing logo.



In 2011 #RPGenesis becomes international joining designers from Portugal and Brazil. Here are a few submissions that I've still managed to keep on my hard drive from that year. Already an incredible variety of #ttrpg ideas were made into actual playable games.



For the 2012 #RPGenesis we tried to have two different weeks, one to create new games and another to work on  already existing ones. We also start translating the event to English. Both attempts have little engagement, the original premise is still what keeps the event going.




In 2013, I tried to work some more on the #RPGenesis graphical design and communicate better in English. This was also the auspicious time of Google+ before it began to sunset. 'member that?





The 2014 #RPGenesis had the event's first official webpage from which it pointed to Facebook, Twitter and Google+, all in an attempt to decentralize it as much as possible following the regrettable exodus from open internet forums into closed social networks.



2015 marked the last time that #RPGenesis had two separate weeks, given the lack of interest in working to improve already existing games. This year we also had workshops to help guide participants, but engagement with the event was waning. This lead to a thee-year hiatus.





As a community event, the only thing #RPGenesis really needs is for people to set a date. But everyone keeps associating the event with my ability to host it, asking me when it's gonna be. Thanks to the RPG Portugal Discord server and itch.io game jams, 2019 was our comeback.




For #RPGenesis 2020, I made my favorite version of a design that was already a decade old. The website included shiny particles animating upwards. "The universe smiles upon you..." We settled on the itch.io format and on allowing hacks of already existing games.




In 2021, #RPGenesis had an energy boost from having new hosts, but the old 2010 logo really started showing its age for me. I started wondering if it was possible to replace it, which meant *gasp* trying to draw something else (I'm not a graphical designer).



In 2022, #RPGenesis became even more accessible with the possibility of working on a submission as a team. So I've also scrapped the old landscape and made a simpler logo with a stronger silhouette, one that you could trace with your finger.




(1 edit)

I've made a simple version of the logo that you can take and adapt into any part of your submitted RPG. 
I exported a PNG file in three colors, gold, black and white:







Hope they can be helpful to you.
(3 edits)

The current rules of the event indicate that you may work as a team on your project as long as:

  • A single person is still responsible for handling the submission and ensuring it follows all these rules. 
  • Everyone has a creative say in the project and gets explicit credit in your game for all the work they put in.
  • You self-organize with your friends, the event does not include pairing random people up.

Although RPGenesis is a RPG design challenge put in practice through a writing exercise, participants are probably aware that other talents can play an important role in publishing your game, namely graphical design or illustration. In fact, some ideas almost require the power of visual aids in other to make other people believe that they are even possible. 

Even focusing only on RPG design and writing, these are two skills that can feed off each other as a clear design helps you write and putting ideas into words helps you think, but they are still distinct domains. Are you confident with dice math but need a lot of time to write a sentence? Are you able to quickly proofread a text but know little about RPGs? You can still find a way to participate on RPGenesis as a team. 

But wether you go at it solo or as a team, the constraint of time is real for everyone. The advantage of working solo is that you can decide almost until the last couple of days that you're actually getting a submission together, since no one is depending on you. The more people you have on a team, the more there's a possibility that someone won't make it after all. However, only the actual writing of the game happens during its seven days. Playtesting, character sheet designs, cover illustrations, file templates... most tasks (besides editing and proofreading) can be finished beforehand. Still, notice that the rules require everyone to have a creative say in the whole project, you're not commissioning people for work. Each person should have a personal interest in this RPGenesis submission in particular and in this new RPG project in general. So, even if you've made your thing seven months ago, you still want to be involved in the decisions put on paper during the seven days of RPGenesis.  

So here a few tips to taking full advantage of joining the event as a team. 

Decide on a workflow that can culminate with one of you submitting the files at the end of the jam. Experiment with it so you don't need to discover at the very last minute that this person, for example, doesn't have the fonts needed to export your PDF correctly.   

Keep your team small. It's better to have a duo where both of you check-in everyday with each other than a full team where proofreading or illustration only show up when the jam is over. 

Give yourselves time to communicate. Any time you think that you might be saving by not having to do everything is time that you probably need to put in coordinating with each other. 

Talk it out until you know what your game is before hand. Completely changing your mind back and forth in the middle of RPGenesis week is a luxury for solo participants.  

It doesn't have to be perfect. RPGenesis is not a competition and you have all the time in the world to improve on your game after the jam, so please enjoy the event.

Have fun 👍

(pending Portuguese translation)

https://dr3amup.itch.io/hardshipriver

Thank you very much for your review. I've already updated the file to make the change from swords to spades and I will keep your suggestions in mind when working on a newer version. The challenge is of course reducing the amount of text while making it clearer. I do want to keep it at one-page for portability, every player has the entire game on his or her "character sheet". But maybe some of the introduction can go to the other side of the page, for example? I'll think about this. Thanks again 👍

Thank you so much for trying out Sky Caverns of the Lizard Queen! Feel free to share your thoughts on what are the most relevant topics that are still missing from this current version.

Thanks for reading! If you find any typos or bad wording, please let me know. English is not my first language. 

força nisso Fabiano 👍

https://dr3amup.itch.io/hardshipriver

(3 edits)

clica na imagem para descarregar do google drive / click the image to download from google drive


Este evento comunitário nasceu no site abreojogo.com em 2010. No princípio, apenas existia a Semana do Autor que manteve o mesmo formato até aos dias de hoje: sete dias para escrever pelo menos cinco mil palavras para um novo RPG. Este desafio segue a mesma filosofia que o NaNoWriMo, um evento mundial de incentivo à escrita criativa. Nunca foi um concurso, mas sim uma iniciativa que junta em comunidade todos os que querem atingir a meta que é proposta.

Em 2011, experimentamos ter um papel de Patrocinador que em 2012 evoluiu para a organização da Semana dos Editores destinada não só a pegar nos projectos de anos anteriores, mas também a facilitar a participação de qualquer pessoa que queira fazer algo para um RPG já existente. Entre 2012 e 2013, o #RPGenesis cresceu graças à forte adesão da comunidade Brasileira. RPGs como o UED do Júlio Matos nasceram na Semana do Autor e foram publicados mundialmente. Em 2014, a Semana dos Editores teve alguma adesão, mas esta decresceu em 2015 falhando no seu propósito de alargar o evento a mais pessoas. A participação de Portugueses no evento foi decaindo desde os primeiros anos, e apesar de ter encontrado acolhimento na comunidade Brasileira, sem autores nacionais o #RPGenesis perdeu a sua razão de ser como uma iniciativa de promoção  da criação de RPGs no nosso país. Tivemos a nossa travessia do deserto entre 2016 e 2018.

Em 2019 chegamos ao itch.io encontrando uma nova vaga de interesse no design de RPGs, novos criadores e novas ferramentas. Também somos cada vez mais uma comunidade internacional sabendo que isso também motiva os roleplayers nacionais a participarem. Obrigado a todos os que se juntam a esta iniciativa. Portugal não tem uma comunidade muito alargada, o sucesso dela depende de cada um de nós.  

 ------------------- 

 This community event was born in the abreojogo.com website in 2010. At the beginning, we only had the Author's week which has always kept the same format: seven days to write at least five thousand words for a new RPG. This challenge follows the same philosophy as NaNoWriMo, making you think about your work by having you write a considerable amount of text. #RPGenesis was never a competition, only a community initiative that brings together those who want to cross that finish line. In 2011, we've tried having the role of Sponsor, which in 2012 evolved into us having an extra Editor's Week focused on developing projects from previous years and as an attempt to bring into the event people who just want to do something for an already existing RPG. Between 2012 and 2013, #RPGenesis grew  thanks to a strong participation from the Brazilian community. RPGs such as Júlio Matos' UED were born in our Author's Week and were published internationally. Between 2014 and 2015, the Editor's Week decreased in participation and so has since been retired. The overall engagement from the Portuguese community with the event was dropping each year so, inspite having a lot of support from Brazil, the #RPGenesis event has pretty much no purpose without national authors. The driving force behind the event is to promote the creation of RPGs in Portugal and we hit a bit of a slump between 2016 and 2018.  

In 2019, we've come to itch.io and found a fresh interest in RPG design, new creators and new resources.  We came here trying to find a new balance between having a decentralized community event and bringing everyone together so that RPGeniuses can support each other and have their projects be easily discovered. Thank you to all who've come to join this initiative. Portugal does not have a large community, so our success depends on strong individual contributions.    

(4 edits)

Greetings, RPGeniuses!

#RPGenesis is a tabletop RPG design community challenge, aiming to write a tabletop RPG with a minimum of 5000 words, in seven days of August 2020. This jam happens in the same spirit of previous years, and of other challenges like the NaNoWriMo and NaGaDeMon: with the purpose of sharing creative energy and motivation between the participants, as well to bring out the spirit of "learn by doing".

Therefore, the best approach to this is to imagine, speculate, write and organize your game without second-guessing yourself, in order to submit the project on time. Are you ready to take the challenge?

Rules

  • Write a tabletop RPG or story game with at least 5000 words;
    • Your game must be fully playable from your final text
    • Instead of a completely original game, you may choose to do a "hack" (a variation or version) of an existing game or ruleset;
  • Writing the final text has a deadline of seven days: from 9th to 15th August (from and to midnight in your timezone);
    • Our intention is that the bulk of the preparation, research and reflection happens ahead of the event. However, the final version of the text is to be written during these seven days exclusively, and it should not reuse any previously written text.
  • All formats and themes are allowed, provided they can be submitted on this platform, and that they are not based on content that promotes discrimination, intolerance or any type of violence or abuse against others.
  • During the event, you may choose to also create other game material such as character sheets, maps or illustrations.
  • The submission of your game will be done through itch.io, as it will offer us a gallery of everyone’s creations as well as a small forum for the participants to mingle.
  • Let yourself be guided by sheer fun and uncompromising desire to create: no pressure, no frustration, and with breaks to take a breath and enjoy the company of those around us.
  • If you can, feel free to share your effort, enthusiasm, thoughts and difficulties in social media, and other platforms, such as online communities of tabletop RPGs and story games.

Click on "Join Jam" and join the #RPGenesis Community here on itch.io! On Twitter, if you want to promote  your participation in this community event use the hashtag  #RPGenesis. Invite your friends to join us!

This challenge is being organized by:
Ana Silva (https://ladyentropy.itch.io/)
André Tavares (@andretavaresRPG / https://mare-baixa.itch.io/)
Cristiano Tavares (@misticspell / https://misticspell.itch.io/)
Ricardo Tavares (@jogadorsonhador / https://jogadorsonhador.itch.io/)

Como ponto prévio, atenção que o propósito dos mercenários numa campanha é ir colocando os Ícones numa posição de liderança à medida que vão subindo de nível.  Incluindo assumirem o risco de contratarem alguns inúteis porque lançam o movimento sem qualquer reputação como aventureiros. E este movimento é afectado pela capacidade que os Ícones demonstraram para pagarem o que devem. Portanto, se um mercador quer enviar alguém com eles para os ajudar nalguma missão, quem manda aqui é o mercador pelo que este movimento não é aplicável. 



Um Guia requer que se gaste comida à mesma? Ou pelo menos poupa na quantidade? Ou faz a viagem demorar menos? Eu assumi que é como se toda a gente tivesse rolado 7-9, mas disse que o Guia lhes arranjou comida porque eles estavam nas lonas.
Além do seu pagamento, os Mercenários requerem comida para a viagem? Ou são eles responsáveis pelo próprio sustento?

A habilidade de Guia permite assumir um lançamento de 7-9 para todas as tarefas relativas àquela distância. À partida, cada dia de viagem envolve comer uma porção de comida ou passar fome. Pergunta a cada Ícone como se sente ao não comer nada durante um dia e marca uma debilidade se continuarem a gastar energias sem nada no estômago.  Cada mercenário olha por si.


O bónus que o Cozinheiro dá parece-me muito modesto quando os aventureiros já recuperam metade dos PVs quando descansam. Já agora, não é claro do texto que o Cozinheiro cura PVs em cima do que já recuperam normalmente, mas é a única interpretação que faz sentido para mim.

Exacto, é em cima do que já recuperam normalmente. 

(1 edit)

Aproveito para colocar aqui o texto do movimento:

Recrutar Mercenários
Quando passas palavra que estás à procura de contratar alguém, lança.
Se deres a saber...
• que pagas bem, recebes +1
• o que é para fazer, recebes +1
• que receberão uma parte dos proveitos, recebes +1
… e, se tiveres alguma reputação relevante, também recebes +1 ou -1
conforme o caso. Num 10+ podes escolher entre algumas pessoas
talentosas (2 de lealdade e 5 de habilidade). Num 7–9 só podes ficar com
uma pessoa que dá para desenrascar (1 de lealdade e 4 de habilidade) e
recebes -1 a seguir para Recrutar Mercenários se não ficares com ela.
Num 6- o Anfitrião faz um movimento incluindo alguém que faz questão
de ser contratado, não tem jeito nenhum para a coisa (0 de lealdade e 3
habilidade) e recusá-lo pode ter consequências desagradáveis. Os pontos
a habilidade podem ser distribuı́dos entre:


Guia: Alguém que conheça bem um território pode levar um grupo
através dele sem precisarem de desempenhar tarefas para Pôr os Pés ao
Caminho. A distância percorrida (medida em porções de comida) não
pode exceder a habilidade do guia.


Soldado: Se Partires Para a Violência ou te Puseres em Guarda ajudado
por um soldado, este sofre as consequências do possı́vel ataque e dá
+habilidade ao teu dano.


Cozinheiro: Ao Montar Acampamento, dar tempo ao cozinheiro para
consumir as porções de comida da melhor maneira permite curar um
número de Pontos de Vida igual à sua habilidade por cada porção assim
saboreada.


Acrobata: Quando uma armadilha é despoletada pelo acrobata, este
sofre os seus efeitos contando com a sua habilidade como armadura ou
para lançamentos.


Em locais onde seja possı́vel recrutar mercenários mais experientes,
estes podem ter mais 1 ou 2 pontos a lealdade ou a habilidade, mas
também são por isso mais caros. No mı́nimo, um mercenário custa 2 por
dia (mais 1 se pagares bem) e pede o dobro se for alguém experiente.

Da mesma maneira que a Bruxa responde pelo "o que é magia" em Terra Adentro, o Alquimista responde pelo "o que é ciência". Ambos são desprezados pela sociedade de Lugo por motivos diferentes mas semelhantes. Podemos perguntar aos jogadores porquê. À partida, imagino que o Alquimista invista imenso tempo em experiências falhadas à procura de algo que funcione de modo minimamente consistente. Não é fácil fazer ciência num mundo em que a magia é real, pois os resultados de cada experiência são afectados por factores muito difíceis de isolar, como a simpatia entre componentes, espíritos que existem em todas as coisas, etc. Para uma poção chegar a um ponto em que tem um nome, um preço e está numa tabela do jogo, tem uma longa história por trás que lhe dá um mínimo de garantia que funciona. Imagino por isso que, apesar do Alquimista ser eventualmente capaz (depende do movimento) de reproduzir qualquer poção que esteja listada na tralha, aquilo que o define é explorar os limites do que é possível e não fazer aquilo que os outros já fazem. É a diferença entre tecnologia e ciência, não é? 

Tentando responder às perguntas, o tempo que o Alquimista precisa e o que é que tem de fazer para mexer com as suas mistelas é uma questão a colocar ao jogador. Não gasta nenhum recurso especificado à partida, a ideia é que de facto ele traz consigo montes de substâncias que supostamente não servem para nada. O que ele está fazer com as mistelas é brincar com esses restinhos de coisas inúteis a ver o que é que dá. São uma experiência muito pessoal e praticamente impossível de reproduzir. As mistelas funcionam no corpo dele porque o Alquimista já tem muitos anos de fazer experiências com ele próprio. 

Dada aquilo que descrevi acima, será evidente que ninguém quer sequer tocar numa poção feita pelo Alquimista a não ser que seja algo perfeitamente reconhecível e, mesmo assim, nem pensar em comprar-lhe alguma coisa quando a sua reputação está só a nível 1. Quem é este maluco? Já vai com muita sorte em alguém eventualmente lhe emprestar dinheiro. Não,  a vida não é justa. 

Já agora, ao inventar poções, nunca esquecer de dar primazia à ficção. Primeiro diz-me que esta poção transforma a minha pele numa cena esverdeada com escamas como de um lagarto. Eu já nem sei se quero ouvir a parte da armadura +1 tendo em conta que a minha mulher não me quer ver assim. Acho que nem sequer te faço uma oferta por ela. Mas sem dúvida que pode ser útil para aventureiros sem eira nem beira que são essencialmente chutados para Leste.

Claro que não há mais pataniscas quando elas acabarem, mas quando tu escolhes jogar de Bruxa, tu não queres saber de contar rações de comida. Todos os pertences que a Bruxa tem são um pretexto para contar uma história, no fundo é essa a "moeda" em que ela negoceia (e uma das razões pelas quais é o Ícone mais difícil de jogar). Esse movimento que ela tem distingue-a porque ela tem a escolha de como, quando e com quem se endividar. Será que vale a pena negociar com um mercador de Lugo quando ela tem acesso a forças ocultas que anseiam controlar o seu destino? E provavelmente ninguém em Lugo quer sequer olhá-la nos olhos, não é?

Obrigado amigos!

(1 edit)


«O mar não é um lago gigante. Não há nada a Este das Terras de Lugo como ele. Não muito longe da costa, o oceano perde o fundo e, nesse abismo de água, tenebrosos monstros marinhos marcam território numa inescrutável dança de poder. Para lá do horizonte a Oeste, as cores das ondas e das nuvens confundem-se e partilham reflexos negros, dourados, verdes e azuis. Uma aura violeta, um nevoeiro feito de luz, flutua acima do mar e relâmpagos formam-se espontaneamente fazendo brotar nuvens no céu. Não é um sítio amigável. Os nossos pescadores pagaram com as suas vidas durante séculos para chegarem a um ponto em que embarcar numa expedição marítima não seja uma missão suicida. Séculos de experiência e sofrimento, não é por acaso que a nobreza de Lugo vem do mar. São os nosso heróis.

Por volta de quando eu nasci, tive a boa fortuna de vir ao mundo quando o nosso destino como terra de nobres pescadores se concretizou. O maior mostrengo alguma vez avistado perto da nossa costa, uma criatura gigantesca e imortal, inesperadamente faleceu. O seu cadáver flutuante mudou o nosso mar nas últimas décadas. Novas espécies variadas e suculentas vieram à superfície. Uma vasta extensão de oceano abriu-se durante alguns anos dando-nos grandes excedentes em pesca. Doses inacreditáveis de óleo de Estrengalhau, uma substância esverdeada produzida pela criatura, puderam ser recolhidas.

Também a nossa sociedade mudou bastante durante a minha vida. A velha nobreza militar era uma vergonha para nós, um bando de bêbados, ou pior, um grupo de cultistas que secretamente rezava ao mostrengo para que lhes desse forças em batalha. Mas somos um povo tolerante, e por isso foi com festas e casamentos que uma mudança de liderança se deu. Alguns mercadores de Lugo também aproveitaram o excedente que tivemos para enriquecer estabelecendo os melhores contactos que alguma vez tivemos com as grandes cidades a Leste. As Terras de Lugo são um exemplo de paz e de progresso, especialmente depois das teocracias terem desabado.

Um entendimento com o Imperador de Ébano também só foi possível graças ao talento diplomático de uma nova classe nobre que não está presa ao passado. Neste período conturbado, temos de nos orientar no sentido da ordem e do pragmatismo. Algumas vozes confundidas diriam que é nosso dever ajudar os sobreviventes das grandes cidades, mas isso são ideias perigosas. Vivemos um momento delicado na nossa grande comunidade. Não só devemos ter cuidado com quem vem de fora, mas também com quem reclama da sua justa posição na nossa sociedade. É ou não verdade que, em grande parte, foram homens e não elfos ou anões que morreram no mar por nós? E que culpa temos nós se quem lavra a terra agora não consegue ter a boa vida de quem vai para o mar? E agora querem todos ser pescadores? Não pode ser. Estas famílias mereceram o seu lugar e, a seu tempo, outras também começam a beneficiar da sua riqueza. Além de que não é difícil contrair uma dívida para ter algum dinheiro. E muitas maleitas que antes podiam ser fatais conseguem agora curar-se com algum preparado à base de óleo de estrengalhau. Ninguém pode ter razões de queixa. 

Eu próprio sou a prova de que qualquer anão de Lugo pode chegar a um cargo de relevo na nossa comunidade. Não sou pescador nem mercador, venho de uma família de artesãos. Gosto de uma boa comida e, por isso, sempre tentei tornar qualquer receita numa obra de arte, algo que fizesse muito mais do que só nos alimentar. Aprendi também a impor ordem nas cozinhas, a organizar eventos e a fazer amizades com esta nova nobreza que reconhece os meus méritos. Tornei-me assim o cozinheiro oficial de Lugo e o conselheiro pessoal das famílias mais importantes. Por vezes confundem-me com alguém que até poderia ser o Rei de Lugo, mas estas Terras sempre foram governadas por um conselho de nobres e eu sou apenas um seu humilde servidor. Tal como a maré cheia se segue à maré vaza, temos de respeitar a ordem das coisas. Eu limito-me a zelar por todo o fornecimento de comida em Lugo e a garantir que todas as celebrações populares acontecem da melhor maneira. Espero que, no futuro, tenhamos cada vez mais razões para festejar.»


«Os que pensam que mandam nisto tudo gostam muito dos seus muretes e murinhos, tanto que os metem na cabeça das pessoas. Mas eu nasci em cima do muro e daqui nunca mais saí, das fronteiras entre um lado e outro, entre nós e eles, entre humanos, anões e elfos. Nasci filho de uma elfa do rio e de um homem do mar, sou uma ave muito rara. Os meus pais conheceram-se através de uma anã mercadora que conduzia uma caravana nos tempos em que o comércio entre as grandes cidades teve o seu auge. Nunca fui de ficar em casa e por isso viajei muito a ajudar na caravana. Aprendi a ler, escrever e fazer contas com ela, apesar de isso agora só ser permitido a pescadores e mercadores. Devido a tensões entre famílias, os meus pais tiveram de se separar e, a partir daí, só conseguia passar alguns dias por estação com cada um. Da minha mãe aprendi músicas no alaúde para tocar ao meu pai. Do meu pai aprendi canções de marujo para cantar à minha mãe. Das pessoas que se juntavam à caravana aprendi grande parte do que sei, de muitos ofícios e lugares.

 Houve uma noite de viagem que me marcou para o resto da vida. A caravana vinha com muita gente e o acampamento que montamos quase não cabia dentro de uma clareira à beira da estrada. Uma estranha mulher, ruiva de olhos azuis, surgiu pela estrada e pediu para se juntar à fogueira. Pareceu reconhecer vários rostos e fez conversa com alguns viajantes que ficaram surpreendidos por ela saber desde logo de onde vinham e o que lá se passava. Alguém lhe fez uma pergunta e ela, em vez de responder, sorriu e começou a entoar as palavras de uma canção que paralisou de comoção quem a questionava. Um silêncio suspendeu o acampamento e nesse momento toda a gente soube que testemunhava algo de extraordinário. A mulher graciosamente improvisou sublimes variações a partir de uma canção  que era familiar a muitos dos presentes. Fazendo-se entender no dialecto certo, teceu um poema à frente de toda a gente unindo referências ao passado longínquo de cada rosto à volta da fogueira. E cantou sobre mim também. Iluminou as minhas origens como algo nobre e precioso, o total oposto de como eu me sentia na altura.

A misteriosa mulher já não se encontrava no acampamento ao amanhecer. Algumas pessoas sussurraram entre elas que tínhamos sido visitados pelo deus Lugo em forma humana. Nunca soube ao certo o que aconteceu, mas foi nessa noite que decidi o que queria ser. Um bardo como ela. Algum caminho novo teria de encontrar entre carregar caixotes, conviver com criminosos e ser tratado como um pária. Um longo caminho, sem dúvida, mas o sonho de realizar o meu talento manteve-me vivo através de muitas desventuras. 

Para lá das terras de Lugo, o mundo das grandes cidades e dos seus territórios nunca deixou de me surpreender. Gentes de todos os tamanhos e feitios. Passagens para reinos dos mortos, dos sonhos, de demónios, de tempos futuros e passados, de espaços coincidentes ou trocados. Vidas feitas no topo de cascatas flutuantes, nas costas de dragões, debaixo de árvores falantes ou dentro do estômago de um gigante. E a chegada de Terminus só veio virar a mesa ao contrário. Sem as regras impostas pelas velhas teocracias, é impossível prever para onde todas estas histórias se irão virar. 

Sim, porque é tudo acerca de histórias, não é? Sem poderem ler ou escrever, as tradições orais a que eu dediquei toda a minha vida são gerações de sabedoria popular que pode salvar vidas, alegrar corações ou revelar um caminho. Histórias podem também transpor barreiras e unir o povo quando os seus líderes fomentam divisões para mascarar a corrupção que os mantém na mó de cima. A nobreza das Terras de Lugo não se afirmou pelo seu poderio militar, mas a partir do domínio económico exercido por uma classe de pescadores e  mercadores. Estes oportunistas sempre exploraram a vulnerabilidade de quem tenta viver só da terra que tem quando não pode contar com a ajuda de animais. E agora os filhos de novos-ricos como o senhor Grão-Cozinheiro engendraram uma capa de prestígio e predestinação. Querem impor a história deles, no fundo. Mas certamente não têm a benção de Lugo e não podem vir com essa conversa agora que o Terminus espreita do horizonte. Tudo o que lhes resta é festas baratas para entreter o povo e moedas caras para o extorquir. Não vão durar muito tempo.» 


«Os humanóides acham que os animais são estúpidos, que as árvores são mudas e que o céu pertence aos deuses. A sua ignorância não conhece limites. Nestas Terras de Lugo, há respeito pelo mar e o resto é prepotência e vaidade. Esquecem-se ou fingem que se esquecem que não há animal cuja vontade possa ser domada ou semente cujo fruto esteja garantido. Julgam-se livres de tirar a liberdade a outros e de estorquir da terra mais do que precisam. Atitudes desprezíveis pelas quais nenhuma galinha lhes há-de dar um ovo e nenhum boi lhes puxará uma carroça. Por mais palavras que inventem, não há animais "domésticos" nestas terras, não há "explorações agrícolas". Tudo isso já foi tentado, vieram com chicotes, subornos, venenos, tudo para tentarem pôr a Natureza a trabalhar para eles. Mais cedo ou mais tarde, estes belos planos falharam. E agora, se calhar, vêm suplicar pela minha ajuda. 

Houveram tempos em que os druidas eram fundamentais para cada comunidade. Nenhum líder seria respeitado sem contar com o nosso apoio. Toda a gente dependia da nossa sabedoria para aprender mais sobre o mundo. Nós sabemos ler o tempo nas nuvens e o caminho nas estrelas. Nós sabemos de que árvore se pode construir uma casa ou que flores devem ser postas no cabelo de uma noiva. Nós dominamos as runas e os números mas não somos dominados por eles. Nós escondemos segredos para proteger o povo da sua ignorância e revelamos verdades para acordar a sua bravura. Nós conhecemos todas as maneiras de dar à luz uma criança ou de dar descanso a um cadáver. Nós temos experiência de vida, já passámos por muito do mesmo que toda a gente e por muito de invulgar também. Nós muitas vezes chegamos a discordar entre nós e reconhecemos os limites da nossa sabedoria.     

Falo de mim no plural com alguma tristeza. Já fomos alguns, depois poucos, agora sou só eu e talvez um ou outro aprendiz. Druida passou a ser o meu nome, não há mais ninguém como eu. Sou uma viajante solitária nestas terras, faço saber onde estarei presente quando sei de alguém em quem confio ou que pode precisar de mim. Algumas pessoas mais humildes vêm ter comigo procurando ajuda. Talvez uma galinha que lhes dê ovos durante uns meses porque a horta foi destruída pela geada. Talvez uma planta que possam encontrar não muito longe daqui para dar a uma avó doente. A Natureza pode ser cruel mas não é implacável. Se fizerem algo por ela, pode fazer algo por vós.

Eu costumava viajar pela orla de muitas civilizações e agora quase todas foram devastadas pelo jovem Terminus. Em pouco tempo, a Natureza está a tomar conta desses lugares e uns poucos sobreviventes vão encontrando outra maneira de viver. Nem tudo está em ruínas, mas mesmo as mais velhas construções expostas aos elementos acabam por sofrer derrocadas. Muitos dos que não foram massacrados pelo exército de Ébano foram os que conseguiram fugir para terras de Lugo. Só uns poucos se esconderam e conseguiram se manter próximos de onde moravam ou trabalhavam. Vigias deixados por Terminus estão atentos a qualquer tentativa de reconstrução dos locais sagrados. E na Natureza não faltam predadores que agora estendem os seus territórios tomando estas ruínas como parte do seu domínio. Além de haverem pequenas tribos nativas que viviam subjugadas por estas civilizações e que agora são livres para tomarem a sua terra de volta e decidirem o seu destino. São tempos interessantes e atribulados estes que o horizonte a Este das Terras de Lugo apresenta.

 Este silêncio pós-apocalíptico que se apoderou de tantas civilizações é fértil e muito bem-vindo. Precisava de tempo para ficar na memória destas gentes, para que apreciassem a dádiva que é o lugar que têm na Natureza. Talvez se lembrassem que em tempos éramos todos filhos da floresta, sem palavras e sem mentiras. Mas alguns, como o Mestre Bardo, dirão que não. Que a música sempre estava lá no meio do silêncio. E que a Este das Terras de Lugo há novas histórias e aventuras, muitos segredos e tesouros a descobrir. Que a roda-viva não pára e que a civilização há-de voltar mais cedo do que se imagina. O Mestre Bardo fala bem como sempre, mas também há uma altura para estarmos calados e aprendermos. E então não desperdicemos esta oportunidade.»

(1 edit)


Sei bem que os deuses tiveram domínio nesta terra, mas foram tomados pelo seu orgulho e pela ignorância dos seus seguidores. Perderam a noção de quem eu sou,  de todos os meus aspectos. Eu sou Trebaruna, a eterna amiga que traz o descanso final. Muitas preces já foram outrora dedicadas a mim. Eu sou também o destino, o Fado de todas as criaturas. Não há nada que esteja para lá do meu propósito. Sou tão inevitável como o passar do tempo e, mesmo assim, julgaram-se superiores a mim. E por isso um novo aspecto da Morte estava destinado a se revelar ao mundo. Enfim, eu sou também Terminus, o Imperador de Ébano, o conquistador desta terra pejada de divindades podres e indignas. Essa era de abusos descarados enfim terminou. Os líderes dessa teocracia, clérigos e paladinos, quase todos eles foram aniquilados ou postos ao meu serviço. As suas civilizações foram postas em ruínas. Agora existe apenas um verdadeiro exército, um verdadeiro império e um verdadeiro tributo.

Todavia chego a Terras de Lugo sabendo que não basta conquistar, é preciso também civilizar. E o deus Lugo, divindade versada no poder da palavra e do comércio, nunca me desrespeitou. Apenas viajou, como é seu hábito, para longe de suas terras e aqui nunca cultivou subserviências ou exigências desmedidas. Foi por isso fácil para mim chegar a um entendimento com a nobreza da região, líderes que sempre vieram de uma casta de pescadores e mercadores, gente que sabe que o que é devido tem de ser pago. Eu garantirei a moeda e o pagamento das dívidas e toda a gente deverá pagar o tributo a Terminus. Não é que a Morte faça qualquer uso ao dinheiro, os meus servidores não comem nem bebem. O tributo é apenas forjado para cunhar moeda cada vez mais valiosa. E para pagar a traidores, naturalmente. A pequena corrupção muitas vezes é tudo o que resta a esta gente. Mesmo antes do exército que eu comando marchar para Oeste, os meus emissários chegaram a um acordo com a nobreza de Lugo. Pedidos de casamento foram-me oferecidos e até ex-sacerdotes foram denunciados, tudo para conseguirem pagar menos ou receberem mais. Não me interessa a imoralidade com que fazem as suas contas, mas apenas o poder simbólico que através deles eu consigo exercer sobre o seu povo.

Para destruir poderes divinos não chega matar e pilhar. É nos momentos em que tudo parece perdido que uma faísca divina brilha na escuridão. As profecias, as relíquias, os heróis e os heremitas também terão de desaparecer a seu tempo e isso é um jogo de paciência. Gerações têm de nascer e morrer sob o meu domínio, pois é assumindo um lugar na vida destas terras que posso assegurar a inevitabilidade de cada falecimento. E é assim que começo o meu caminho de volta ao meu papel neutro e vigilante, altura em que eu mesmo poderei desaparecer como um dos aspectos da Morte. Mas tal não acontecerá demasiado cedo, Terminus ainda tem muito para fazer. 

Permito que alguns dos meus servidores mantenham alguma da sua humanidade para que o sentimento do dia-a-dia destas terras faça parte da minha percepção. Sei também que em todos os lugares há que contar com a imprevisibilidade da magia, o caos que flui através da realidade. Mas, de todos estes meandros, são raros os que merecem a minha atenção. Em particular, dos passos que caminham entre gerações, os da Velha Druida sempre me interessaram. Ambos sabemos muito bem que tudo vive e tudo morre, que há um equilíbrio, mas nada é assim tão simples com ela. Está na natureza das coisas o poder de elas se renovarem, de se transformarem sem que para isso tenham que morrer. Isto põe em causa a minha existência como um aspecto necessário à Morte, mas eu desta vez não pude esperar que tudo se equilibrasse daqui a uma mera centena de anos. Ser a Morte é também decidir qual é o momento certo e este instante pertence-me. Demasiadas curas milagrosas e ressuscitações cuspiram na minha cara. Outros aspectos da Morte poderão discordar, mas o abismo também anseia. E isso talvez a Velha Druida seja capaz de compreender.

Trebaruna, o aspecto primordial da Morte, recorda-se de outros tempos noutros mundos em que eu também nasci, mas recusa-se a falar do que aconteceu. E o Fado da Morte, o julgador de todos os destinos, por mais que tente desconhece qual será o meu. Só sabemos que, de uma forma ou de outra, nós somos certamente eternos. Mas há uma eternidade pela qual eu tenho de lutar.

Além disso, mexer nos mantimentos permite indirectamente ajudar o Alquimista:

Marcar experiência por agir na direcção de um Alinhamento na v2 fica mais fácil, permitindo tornar a sua proposta mais interessante:

A alquimia das Bombas está um pouco confusa na v1 e o próprio movimento precisa de ser mais acessível:

Obrigado amigos! Não sei o que é que vai ser mas já pode ter nome :)

Muito obrigado David! Fico muito contente de terem jogado e que o cenário tenha funcionado bem para dois jogadores. 

Se calhar preciso de ser mais claro logo à partida com alguns dos objectivos do jogo. Jogar fantasia medieval em Português para mim é uma enorme vantagem, o jogo está mesmo escrito para explorar ao máximo a especificidade da nossa língua. De certa forma, pode-se dizer que um dos objectivos do jogo é torná-lo tão difícil de traduzir quanto possível, até porque DW já existe em Inglês e em Português do Brasil. 

Outro objectivo é concentrar tudo o que eu acho que é fixe debaixo do domínio de cada Ícone. O setting é definido pelos Ícones e nada mais. Toda a magia pertence à Bruxa, por exemplo. Isto é possível justamente porque são só cinco Ícones Menores, não é preciso estar a diluir aquilo que cada um é de modo a dar para duas ou para três versões da mesma coisa. Podem haver mais alguns Ícones se for possível identificar outros nichos com potencial, mas para já só estou a ver um talvez (ainda no segredo dos deuses).  

Thank you for you feedback Minakie!

Thank you! I've delved into a first rough draft today and I'm feeling moderately confidant. I'm going to let it cool for a few days before giving it my best stern look. 

Imma goin for it:

Hardship River is inspired by pieces from my hometown History and you may learn more about them if you consult what the web has to say about the Douro River, Rabelo Boats or the city of Oporto. You may imagine it within any setting, just before a time where dams and dynamite made rivers much safer. The Little Tail is a wooden cargo boat with a flat-bottom, a square sail and a long steering paddle at the stern.